Os Quatro Grandes é um romance policial que mistura espionagem, luta pelo poder, assassinatos e Hercule Poirot enfrentando um de seus maiores desafios.
Agatha Christie é a rainha do romance policial e Hercule Poirot é, depois de Sherlock Holmes, o mais famoso detetive da literatura mundial. Suas mais famosas aparições estão relacionadas a um determinado padrão, ou fórmula, que fez muito sucesso: assassinatos cometidos em uma localidade restrita — uma casa ou vilarejo —, suspeitos bem delimitados, todos com motivos e oportunidades, e Hercule Poirot se utilizando da psicologia para encontrar o culpado. As famosas células cinzentas sendo postas à prova.
Essa fórmula foi responsável por grandes obras da Dama do Crime, como: O Assassinato de Roger Ackroyd, Assassinato no Expresso do Oriente, Morte no Nilo e outros. Mas neste livro, Agatha Christie decidiu apostar em uma fórmula diferente, que foge do padrão estabelecido.
Resenha de Os Quatro Grandes
O romance foi escrito em 1927, no período entre as duas grandes guerras mundiais. O tema da espionagem estava a todo vapor na literatura, e as teorias envolvendo grandes potências e tentativas de dominar o mundo tinham grande apelo junto ao público.
Hercule Poirot descobre uma organização formada por quatro pessoas que desejam dominar o mundo: um chinês, um americano rico, uma francesa e um inglês mestre dos disfarces.
O aparecimento de um homem no apartamento de Poirot e sua posterior morte colocam o detetive numa caçada aos Quatro Grandes.
De todos os vilões, o que mais é citado e rivaliza com Poirot é o número quatro. Um mestre dos disfarces capaz de enganar Poirot várias vezes. Algo raro nos romances da Dama do Crime.
Hastings, eterno companheiro de Poirot, ajuda-o nessa aventura de salvar o mundo. A palavra aventura é usada algumas vezes no romance e combina com a história. Fugindo do padrão dos casos investigados por Poirot, este assemelha-se, acima de tudo, a uma aventura.
A história transcorre em um período de vários meses, os eventos ocorrem em vários lugares diferentes e, mais de uma vez,a vida de Poirot e Hastings é colocada em perigo.
Confesso que não é um dos meus livros preferidos de Agatha Christie. Gosto da fórmula tradicional já citada no texto. Essa nova fórmula assemelha-se muito às histórias de Tommy e Tuppence e não acredito que combine com Poirot. É quase como se Agatha quisesse colocar Poirot em uma história de James Bond.
Apesar das ressalvas, é uma boa leitura para passar o tempo e conta com algumas curiosidades interessantes, como:
O Brasil é citado, um possível irmão gêmeo de Poirot é apresentado e os famosos bigodes…
Enfim, um romance que foge da fórmula estabelecida, estando em uma prateleira abaixo das principais obras da Rainha do Crime.
Gosta de Agatha Christie? Leia a resenha de Um pressentimento Funesto.


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